
O que você precisa saber sobre as novas versões dos cursos de CQI-11 e CQI-15
No final de 2019, duas importantes normas da AIAG (Automotive Industry Action Group), a CQI-11 e a CQI-15, foram atualizadas e incluídas nos cursos desenvolvidos pelo Setec Consulting Group.
A norma CQI-11 (Continuous Quality Improvement) aponta os requisitos que a organização precisa seguir para desenvolver um sistema de gerenciamento de tratamento superficial que forneça melhorias contínuas, enfatizando a prevenção de defeitos e a redução de variações e desperdícios na cadeia de suprimentos.
A aplicação desse processo permite atender aos requisitos regulamentares e identificar áreas de melhoria, aumentando a satisfação do cliente.
O requisito CQI-11 faz parte de um conjunto de normas que define diretrizes para a avaliação de tratamento superficial, como tratamentos de eletrodeposição em zinco, cromo, níquel, entre outros. Isso porque falhas em peças tratadas superficialmente já causaram problemas em veículos de passeio, caminhões e ônibus, por exemplo.
Montadoras como Ford, GM, Fiat-Chrysler consideram o trabalho realizado por seus fornecedores em relação ao tratamento superficial e/ou peças tratadas superficialmente como um processo especial.
Já o requisito CQI-15, desenvolvido pelo grupo de solda da AIAG, aponta uma abordagem comum a um sistema de gerenciamento de soldagem para organizações de produção e peças automotivas, especificando os requisitos de processo para uma organização ou seus fornecedores que executam soldagem metálica ferrosa e não ferrosa.
Montadoras como Ford, GM, Fiat-Chrysler consideram o trabalho realizado por seus fornecedores em relação ao tratamento superficial e soldagem como um processo especial.
Atualizações acompanham demandas do mercado
Na terceira edição da CQI-11, cada requisito inclui uma definição com pontos a serem considerados. Além disso, orientações adicionais foram incorporadas na forma de perguntas que fornecem exemplos do que pode ser considerada uma evidência objetiva aceitável.
Essas atualizações e melhorias visam aumentar a probabilidade de que todos os requisitos sejam abordados durante cada avaliação.
As evidências objetivas ainda são necessárias, como ocorreu na 2ª edição, mas os status dos requisitos agora são denotados como “Conforme”, “Não conforme” e “Não Aplicável”. Essa nova terminologia reflete com mais precisão a intenção deste documento.
Mesmo com a capacidade de declarar por que o status do requisito indicado não coloca o processo em risco, parece muito mais apropriado e provável indicá-lo como “Não conforme” do que qualquer uma das opções de avaliação da 2ª edição (ou seja, “Não Satisfatório”, “Necessita Ação Imediata” ou “Falha”).
Uma nova seção na 3ª edição é inteiramente dedicada a fornecer mais esclarecimentos sobre os requisitos de pirometria existentes (similar ao que já acontece no CQI-9). A intenção desta nova seção é:
- Definir mais claramente os requisitos de pirometria aplicáveis;
- Fornecer orientação sobre metodologias apropriadas de teste de pirometria;
- Harmonizar as metodologias de teste de pirometria no CQI-11 com as indicadas na avaliação do sistema de tratamento térmico CQI-9.
Além disso, para cada etapa do processo que está sendo analisada, a avaliação do processo agora também inclui um espaço dedicado para documentar adequadamente qualquer resultado da auditoria do trabalho.
Essas melhorias podem ajudar a otimizar a parte da coleta de dados do processo de avaliação, reduzir a confusão e a ambiguidade e facilitar a avaliação da conformidade com os requisitos do processo.
Lições aprendidas globalmente
A 2ª edição da norma CQI-15 inclui práticas recomendadas em vários processos e componentes, todos agrupados em um documento para compartilhar as
Agora, em sua segunda edição, este documento especifica os requisitos de processo para uma montadora ou seus fornecedores que executam soldagem metálica ferrosa e não ferrosa. Várias atualizações foram feitas, incluindo a incorporação das perguntas de auditoria de trabalho nas Tabelas de Processos para reduzir a redundância e simplificar o fluxo de auditoria, além da adição de dois processos adicionais: Soldagem por Projeção de fixadores e Soldagem MIAB.
As avaliações do CQI-15 são importantes para o setor como um todo porque fornecem para cada empresa um roteiro para manter seus procedimentos e processos atualizados. Algumas das melhorias na 2ª edição incluem um sistema de pontuação que permite que as Montadoras e demais Tiers tenham um indicador numérico ou “’mensurável” em relação à sua conformidade e facilitar o monitoramento de ações de melhoria ao longo do tempo. Essas avaliações fornecem acesso fácil às expectativas mínimas da indústria automotiva em relação à qualidade do sistema e do processo.