
Interface dos Sistemas de Gestão com a Gestão Estratégica da minha organização
De fato, o que mais presenciamos nas organizações de uma forma geral é a desconexão entre as estratégias da companhia e a condução dos Sistemas de Gestão.
Normalmente os Sistemas de Gestão, seja de Qualidade, Ambiental ou de Segurança Ocupacional são conduzidos de forma independente às estratégias estabelecidas pelos principais executivos e essa condição reflete em diversos problemas na busca dos resultados planejados para a companhia. A operação da empresa tem de estar em completa sintonia com os desejos de acionistas e partes interessadas.
Essas questões normalmente são reflexos da falta de coerência da iniciativa empresarial, muitas vezes produzindo conflitos entre as estratégias propostas e a operação. A Estratégia deve estar integrada no desenvolvimento de cada processo e cada área do negócio.
É fato que a cada dia, estamos ganhando maturidade na aplicação dos sistemas de gestão e já é conclusivo dizer que é raro encontrarmos os resultados agregados pelos sistemas de gestão em sintonia com a estratégia.
A figura abaixo demonstra claramente que após o estabelecimento das estratégias deve-se criar um direcionamento que faz a interface para os objetivos táticos e operacionais e estes que norteiam condução dos sistemas de gestão da qualidade e a operação aos objetivos da companhia.
Como os Sistemas de Gestão tem como foco os princípios abaixo, se torna mais necessário essa interface para dirigir e controlar a organização no sentido de possibilitar a melhoria de produtos/serviços com vistas a agregar valor para a empresa e satisfazer os mercados abrangidos comercialmente.
Foco no Cliente: O direcionamento e sustentação de uma empresa deve ser o seu cliente, desta forma devemos buscar o entendimento das demandas atuais e futuras a fim de identificar novas oportunidades e fidelização.
Liderança: As organizações devem estruturar sua liderança como foco na direção da organização com visão inovadora e proativa, que seja o principal motivador da sua equipe para as estratégias aplicadas a alcançar as metas desejadas.
Abordagem de Processo: Se baseia na inter-relação entre os processos da organização de forma orientada com as entradas e saídas organizadas e com as definições claras de responsabilidades para a busca da eficácia e da eficiência, usando adequadamente os recursos e otimizando o desempenho.
Abordagem Sistêmica para a Gestão: É o entendimento do link existente entre todos os processos, incluindo aqueles relacionados aos clientes, aos fornecedores e relações de parceria, aplicando esse conceito para a avaliação de resultados.
Envolvimento das Pessoas: As pessoas participantes da organização são os principais atores para o sucesso da organização. A gestão de pessoas que capacita, engaja, valoriza e motiva, com certeza atinge seu melhor potencial e a perfeita sintonia com os objetivos e metas da companhia.
Melhoria Contínua: O princípio da melhoria deve ser entendido como uma busca constante de evolução do desempenho dos processos da organização no que se relaciona aos processos, colaboradores, gestores e resultados. Esse princípio tem como meta a busca de novas oportunidades, flexibilidade organizacional para a prosperidade do negócio.
Abordagem Fatos para Tomada de Decisões: Deve se entender como o uso lógico e adequado dos dados, informações, fatos para que decisões mais precisas sejam tomadas pela gestão e assim na evolução da melhoria dos produtos e/ou serviços.
Benefícios das Relações com os Fornecedores: Esse princípio trata as relações com toda cadeia de suprimentos. Quando existe um relacionamento forte, de estímulos às boas práticas de trabalho e de parceria respeitosa onde se conhece a interdependência, o resultado é a otimização de custos e recursos, melhorando e construindo relacionamentos de longo prazo e a “flexibilidade de respostas conjuntas à mudança de mercado.
Mas, contudo, é muito importante esclarecer que, independente, do nível estratégico ou operacional é necessário que haja o alinhamento com as principais necessidades dos clientes e principalmente das partes interessadas e há de haver uma correlação que começa no âmbito estratégico e vai até o operacional.