
Desafios e Ferramentas em Projetos Lean Seis Sigma: Uma Análise das Principais Dificuldades e Nível de Utilização das Ferramentas.
Resumo
Este artigo tem como objetivo investigar os principais desafios enfrentados durante a implementação de projetos Lean Seis Sigma e explorar os motivos pelos quais apenas 24 das 96 ferramentas listadas pela American Society for Quality são mais frequentemente utilizadas. Através da análise de uma pesquisa envolvendo 163 projetos, identificamos as dificuldades mais comuns e a utilização percentual das ferramentas mais aplicadas. Os resultados desta investigação podem fornecer insights valiosos para profissionais e acadêmicos interessados em aumentar a eficácia e o sucesso dos projetos Lean Seis Sigma.
Abstract
This article aims to investigate the main challenges faced during the implementation of Lean Six Sigma projects and explore the reasons why only 24 of the 96 tools listed by the American Society for Quality are more frequently used. Through the analysis of a survey involving 163 projects, we identified the most common difficulties and the percentage use of the most applied tools. The results of this investigation can provide valuable insights for professionals and academics interested in increasing the effectiveness and success of Lean Six Sigma projects.
Introdução
O Lean Seis Sigma é uma metodologia consolidada que combina os princípios do Lean Manufacturing e do Seis Sigma, visando melhorar a eficiência dos processos, eliminar desperdícios e aumentar a qualidade dos produtos e serviços. Empresas de diversos setores têm adotado essa abordagem em busca de maior competitividade e melhor desempenho no mercado. No entanto, a implementação de projetos Lean Seis Sigma apresenta desafios que podem comprometer seu sucesso.
A American Society for Quality (ASQ) é uma organização global, fundada em 1946, que tem como objetivo promover o conhecimento e o avanço da qualidade em diversas áreas. A ASQ desenvolveu um conjunto de conhecimentos, chamado Body of Knowledge (BoK), que reúne as principais práticas, ferramentas e técnicas relacionadas ao Lean Seis Sigma. No BoK da ASQ, são listadas 96 ferramentas que podem ser aplicadas em projetos Lean Seis Sigma, desde projetos de menor complexidade até aqueles conduzidos por Black Belts.bolsa de pierna decathlon
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Este artigo tem como objetivo investigar as principais dificuldades enfrentadas durante a implementação de projetos Lean Seis Sigma, com base em uma pesquisa que avaliou 163 projetos. Além disso, o estudo busca explorar os motivos pelos quais apenas 24 das 96 ferramentas disponíveis no BoK da ASQ são mais frequentemente utilizadas, considerando a utilização percentual dessas ferramentas nos projetos analisados.
A compreensão dos desafios e das ferramentas mais aplicadas pode auxiliar profissionais e acadêmicos interessados em melhorar a eficácia dos projetos Lean Seis Sigma, fornecendo insights valiosos para a implementação bem-sucedida dessa metodologia.
Revisão da Literatura
A implementação do Lean Seis Sigma tem sido amplamente estudada na literatura, e diversos autores apontam os desafios enfrentados pelas organizações ao adotar essa metodologia. A revisão da literatura busca identificar as principais dificuldades e compreender como a utilização das 96 ferramentas listadas no BoK da ASQ pode auxiliar na superação desses obstáculos.
A falta de tempo e recursos da equipe envolvida nos projetos é uma das principais dificuldades relatadas (George, 2003; Antony, 2008). A falta de apoio da alta direção também é uma preocupação recorrente, já que o sucesso dos projetos Lean Seis Sigma depende do comprometimento e do engajamento da liderança (Pande et al., 2000; Snee, 2010). Além disso, a seleção inadequada do tema e do escopo dos projetos, bem como a falta de conhecimento do processo e das ferramentas estatísticas e analíticas, são outros fatores que podem comprometer a eficácia dos projetos (Antony, 2008; Snee, 2010).
A literatura também destaca que o uso de ferramentas apropriadas é essencial para o sucesso dos projetos Lean Seis Sigma (Pyzdek & Keller, 2009; George, 2003). No entanto, nem todas as ferramentas listadas no BoK da ASQ são aplicadas com a mesma frequência, o que pode ser explicado pelo contexto específico de cada projeto, pela complexidade das ferramentas ou pela preferência dos profissionais envolvidos (Kwak & Anbari, 2006; de Mast et al., 2012).
Nesse sentido, é importante compreender quais ferramentas são mais utilizadas e por que elas se destacam em relação às demais, de modo a identificar oportunidades de melhoria e aprimorar a implementação dos projetos Lean Seis Sigma.
Metodologia
Para investigar as principais dificuldades enfrentadas durante a implementação de projetos Lean Seis Sigma e explorar os motivos pelos quais apenas 24 das 96 ferramentas listadas pela ASQ são mais frequentemente utilizadas, foi realizada uma análise de uma pesquisa envolvendo 163 projetos. A pesquisa buscou identificar as dificuldades mais comuns enfrentadas pelos profissionais envolvidos nesses projetos e a utilização percentual das ferramentas mais aplicadas.
A metodologia de análise empregada neste estudo envolveu as seguintes etapas:
- Coleta de dados: foram obtidos os dados, entre maio e julho de 2016, a partir de uma pesquisa realizada com 163 projetos Lean Seis Sigma concluídos em até 24 meses da coleta, direcionando perguntas sobre principais dificuldades enfrentadas e o nível de utilização das ferramentas listadas no BoK da ASQ.
- Análise descritiva: a partir dos dados coletados, foram calculadas estatísticas descritivas, como frequências e percentuais, para identificar as principais dificuldades relatadas e as ferramentas mais utilizadas.
- Análise comparativa: com base nas informações obtidas, foi realizada uma análise comparativa entre as ferramentas mais utilizadas e as demais, buscando compreender os motivos pelos quais algumas ferramentas são mais aplicadas do que outras.
- Discussão dos resultados: a partir dos resultados obtidos, foi realizada uma discussão sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais envolvidos nos projetos Lean Seis Sigma e os motivos pelos quais algumas ferramentas são mais utilizadas do que outras. Essa discussão foi embasada na revisão da literatura e nos achados da pesquisa.
- Conclusão: por fim, foram apresentadas as principais conclusões do estudo, destacando os insights obtidos e as implicações práticas para profissionais e acadêmicos interessados em aumentar a eficácia e o sucesso dos projetos Lean Seis Sigma.
Os projetos estudados consideraram clientes e não clientes do Setec Consulting Group, independente do setor e nível de maturidade da empresa, direcionando somente projetos concluídos, considerados aderentes ao método e com participação total ou parcial de Lean Seis Sigma Black Belts certificados.
Resultados e Discussão
Nesta seção, apresentamos os resultados obtidos a partir da análise da pesquisa envolvendo 163 projetos Lean Seis Sigma. Os principais achados são discutidos e comparados com a literatura existente.
Principais dificuldades enfrentadas em projetos Lean Seis Sigma
A análise dos dados revelou as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais envolvidos em projetos Lean Seis Sigma. As mais frequentes foram a falta de tempo da equipe (54%), falta de apoio da alta direção (51%) e falha na seleção do tema de projeto (44%). Esses resultados estão alinhados com estudos anteriores (Pyzdek & Keller, 2018; Antony, 2014), que destacam a importância do comprometimento da alta direção e do envolvimento da equipe no sucesso dos projetos.
Utilização das ferramentas do BoK da ASQ
A pesquisa indicou que apenas 24 das 96 ferramentas listadas no BoK da ASQ foramutilizadas em mais de 50% dos projetos avaliados. Entre as mais frequentes, destacam-se o Diagrama de Espinha de Peixe (Ishikawa) (93%), Ferramentas Analíticas para Estudo de Causas (Brainstorming/Brainwriting) (90%) e Ferramenta Analítica para Estudo de Causa Raiz (5 Why) (86%).
Motivos para a utilização de determinadas ferramentas
A análise comparativa entre as ferramentas mais utilizadas e as demais revelou que algumas características podem influenciar na escolha das ferramentas pelos profissionais.
Por exemplo, as ferramentas mais utilizadas tendem a ser mais simples e de fácil aplicação, como o Diagrama de Espinha de Peixe e o Brainstorming (Antony, 2014; Snee & Hoerl, 2003). Além disso, as ferramentas mais aplicadas geralmente estão relacionadas às etapas iniciais dos projetos, como a definição do problema e a identificação de causas potenciais, o que pode indicar uma maior dificuldade ou resistência em utilizar ferramentas mais complexas nas etapas subsequentes.
Implicações práticas e acadêmicas
Os resultados deste estudo fornecem insights valiosos para profissionais e acadêmicos interessados em aumentar a eficácia e o sucesso dos projetos Lean Seis Sigma. A compreensão das principais dificuldades enfrentadas e das ferramentas mais utilizadas pode auxiliar na elaboração de estratégias para superar tais desafios e incentivar a aplicação de ferramentas menos utilizadas, mas potencialmente úteis, em diferentes etapas dos projetos.
Discussões e Conclusões
Neste estudo, buscou-se investigar os principais desafios enfrentados durante a implementação de projetos Lean Seis Sigma e explorar os motivos pelos quais apenas 24 das 96 ferramentas listadas pela American Society for Quality são mais frequentemente utilizadas. A partir da análise da pesquisa envolvendo 163 projetos, identificaram-se as dificuldades mais comuns e a utilização percentual das ferramentas mais aplicadas.
Os resultados mostram que as principais dificuldades em projetos Lean Seis Sigma estão relacionadas à falta de tempo da equipe, falta de apoio da alta direção e falha na seleção do tema de projeto. Esses desafios podem ser parcialmente explicados pela complexidade e pela natureza interdisciplinar dos projetos Lean Seis Sigma, que exigem a colaboração de profissionais com diferentes habilidades e conhecimentos (Pyzdek & Keller, 2018).
Quanto à utilização das ferramentas, observou-se que as mais aplicadas tendem a ser mais simples, de fácil aplicação e estão relacionadas às etapas iniciais dos projetos. Essa constatação pode ser explicada pelo fato de que, na prática, muitos profissionais preferem usar ferramentas com as quais estão mais familiarizados e que consideram mais eficientes (Pande, Neuman & Cavanagh, 2000).
A discussão dos resultados deste estudo contribui para uma melhor compreensão dos desafios enfrentados pelos profissionais que atuam com Lean Seis Sigma e das ferramentas mais utilizadas. Essa compreensão pode auxiliar na elaboração de estratégias para superar tais desafios e incentivar a aplicação de ferramentas menos utilizadas, mas potencialmente úteis, em diferentes etapas dos projetos.
Como limitação deste estudo, destaca-se a análise baseada em uma única pesquisa, o que pode não abranger todas as situações e contextos nos quais projetos Lean Seis Sigma são implementados. Futuras pesquisas podem investigar outros fatores que influenciam a escolha e a aplicação das ferramentas, bem como explorar a eficácia das ferramentas menos utilizadas em diferentes cenários e indústrias. Além disso, seria interessante analisar a relação entre o uso das ferramentas e o sucesso dos projetos, identificando as práticas mais eficazes e os fatores críticos para o sucesso na implementação do Lean Seis Sigma.
Referências
Antony, J. (2008). Can Six Sigma be effectively implemented in SMEs?. International Journal of Productivity and Performance Management.
de Mast, J., Kemper, B., Does, R., Mandjes, M., & van der Bijl, Y. (2012). Process improvement in healthcare: Overall resource efficiency. Quality Engineering, 24(1), 33-42.
George, M. L. (2003). Lean Six Sigma for service: How to use Lean Speed and Six Sigma Quality to improve services and transactions. McGraw-Hill.
Kwak, Y. H., & Anbari, F. T. (2006). Benefits, obstacles, and future of six sigma approach. Technovation, 26(5-6), 708-715.
Pande, P. S., Neuman, R. P., & Cavanagh, R. R. (2000). The Six Sigma way: How GE, Motorola, and other top companies are honing their performance. McGraw-Hill.
Pyzdek, T., & Keller, P. A. (2009). The Six Sigma Handbook, Third Edition. McGraw-Hill.
Snee, R. D. (2010). Lean Six Sigma – getting better all the time. International Journal of Lean Six Sigma.